76% rejeitam aumento no número de deputados

 

 

 

 

 

 

Em um cenário político marcado por debates acalorados, uma nova sondagem do Datafolha, divulgada ontem, mostra que a maioria dos brasileiros é contrária à ampliação do número de deputados federais no país. De acordo com a pesquisa, 76% da população é contrária a medida, enquanto apenas 20% apoiam a proposta. Outros 4% não opinaram, ou se manifestaram indiferentes ao assunto.

O projeto, já aprovado na Câmara dos Deputados no mês passado, prevê aumentar de 513 para 531 o número de deputados federais no país. Agora, o projeto aguarda por análise no Senado Federal, podendo até mesmo ser incluído na pauta de votações ainda nesta semana.

O aumento de cadeiras na Câmara dos Deputados surgiu como uma resposta à decisão do Supremo Tribunal Federal, que determinou a redistribuição das vagas do parlamento nacional, de acordo com a proporcionalidade populacional por Estado, com base no Censo do IBGE de 2022. Essa redistribuição, no entanto, provocará prejuízos de representatividade aos Estados da Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Piauí, Bahia, Pernambuco e Alagoas. Todavia, as 18 vagas a mais que estão sendo criadas na Câmara dos Deputados seriam destinadas justamente a estes Estados, que permaneceriam com suas atuais cadeiras asseguradas, sem prejuízo aos Estados que ganharão cadeiras a mais por conta da redistribuição imposta pelo Supremo, como é o caso de Santa Catarina, que passará de 16 para 20 deputados federais a partir da próxima legislatura.

A artimanha que estão querendo aprovar, para que os Estados prejudicados pelo Censo não percam deputados, irá gerar um impacto financeiro de R$ 65 milhões por ano aos cofres públicos. Não à toa, na mesma pesquisa 58% dos brasileiros disseram sentir vergonha da atuação dos deputados federais do Brasil, e outros 59% disseram ter o mesmo sentimento em relação aos senadores. Trata-se de uma triste realidade, mas que, na verdade, vem sendo semeada pelo próprio Congresso Nacional, instituição que parece sempre querer colocar seus interesses pessoais acima dos interesses da população brasileira.

Um fato que tem ficado cada vez mais claro é que a população brasileira não aguenta tanta pilantragem na política. Neste caso específico, envolvendo a necessidade de redistribuição das cadeiras na Câmara dos Deputados, por conta do Censo do IBGE de 2022, observamos o Congresso Nacional, que é quem cria a maior parte das leis nacionais, trabalhando para distorcer uma lei que ele próprio criou, determinando que cada Estado tenha o número de deputados proporcionalmente ao número de habitantes, até o limite de 70 parlamentares.

De fato, não tem como confiar em um parlamento que diz uma coisa, e logo adiante diz outra coisa totalmente diferente, com o nítido propósito de defender seus interesses. Cá embaixo, isto se chama picaretagem.

FINAIS

Prefeito de Santa Rosa do Sul, Almides da Rosa (PSDB), irá entregar hoje à noite duas importantes obras na comunidade de Peroba, no interior do município. A primeira é a revitalização da praça pública da localidade, localizada próxima à igreja católica. A segunda é a inauguração de uma nova Unidade de Saúde, com infraestrutura completa de atendimento, beneficiando também comunidades vizinhas, como Vila Nova, Pontão, Sanga da Areia, Novo Horizonte, Lageado, Linha Tamandaré e parte da Vila Bitencourt. A Unidade de Saúde contará com serviços de dentista, clínico geral, nutricionista e psicólogo, além de atender às demandas básicas da população, como pronto atendimento e distribuição de medicamentos. Já a praça recebeu pavimentação, iluminação especial e melhorias urbanísticas. Esta é a sexta revitalização de praça pública inaugurada pela gestão do prefeito Almides em localidades de Santa Rosa do Sul.

Vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), admitiu publicamente, pela primeira vez, ainda que de forma indireta, a possibilidade de disputar o Senado Federal por Santa Catarina. Em suas redes sociais, ele se disse disposto a concorrer a um outro cargo público que não seja o de vereador, função que vem exercendo ao longo dos últimos 25 anos. No embalo, o parlamentar enfatizou que o novo cargo almejado poderá ser objeto de disputa no Rio de Janeiro, ou em outro Estado, ressaltando que “os valores não mudam com o CEP”. Em um acordo entre o governador Jorginho Mello (PL) e Jair Bolsonaro ficou estabelecido que cada um indicará um candidato ao Senado por Santa Catarina. Jorginho já disse que, de sua parte, sua candidata é a deputada federal Carol De Toni (PL). A vaga que pertence a Bolsonaro será preenchida por seu filho, Carlos, ou pelo já senador Esperidião Amin (PP).

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Foto de Rolando Christian Coelho
Rolando Christian Coelho

Jornalista | Política