Ao retirar seu nome do processo eleitoral do ano que vem, o deputado estadual Volnei Weber (MDB) colocou uma dúzia de pulgas atrás das orelhas dos emedebistas de Criciúma, que estavam ensaiando uma candidatura à Assembleia Legislativa com vistas a 2026. Isto porque, Volnei fez questão de ressaltar que, ainda que não seja candidato à reeleição, irá trabalhar para que o ex-prefeito de Orleans, Jorge Luiz Koch (MDB), seja eleito para uma cadeira no parlamento estadual, utilizando sua base eleitoral.
O fato é que Jorge Koch é da região carbonífera, mesma região onde figuras como os ex-deputados estaduais Luiz Fernando Vampiro e Ada de Luca, ambos do MDB, mantém suas bases eleitorais. Os dois, aliás, têm planos voltados a disputa por uma cadeira na Assembleia Legislativa ano que vem. Com o pré-lançamento de Jorge Koch ao mesmo legislativo, especialmente Vampiro pode rever sua intenção.
O fato é bastante claro que a região de Criciúma não tem eleitores suficientes, vocacionados a votar no MDB, para eleger três deputados estaduais. Nesta conta, também convém colocar o nome de Acélio Casagrande, que, ainda que filiado ao PSDB, e disposto a concorrer a Assembleia ano que vem, tem um excelente trânsito junto das bases do MDB, partido no qual ele militou durante vários anos.
Este novo cenário criado com a decisão de Volnei Weber pode fazer com que Luiz Fernando Vampiro volte a se empolgar com uma nova candidatura à Câmara dos Deputados, o que, originalmente, era seu projeto. Hoje, no entanto, Vampiro estaria mais disposto a concorrer ao cargo de deputado estadual, do que ao de federal, justamente por conta do inchaço de candidatos à Câmara Federal oriundos da região carbonífera.
Em tese, o MDB do Sul do Estado tem chances de eleger três deputados estaduais, ainda que isto seja algo muito difícil de acontecer, principalmente por conta da migração cada vez maior dos eleitores de nossa mesorregião para partidos de direita. Racionalmente, o mais oportuno é contar com a eleição de dois deputados estaduais, pelo partido, no Sul catarinense. Incólume a quaisquer desdobramentos, o deputado estadual Tiago Zilli irá manter seu projeto de reeleição. Ada de Luca também já escalou seu nome para uma nova candidatura à Assembleia Legislativa. Vampiro poderia ser um terceiro nome, e, Jorge Koch, o quarto. Trata-se, no entanto, de um limite que extrapolaria todos os limites do bom senso.
FINAIS
Sombrio comemora, amanhã, 71 anos de emancipação político-administrativa. A data será lembrada pela gestão municipal através de uma homenagem aos ex-prefeitos, que acontecerá no hall da prefeitura. O município foi instalado em 2 de abril de 1954, depois de ter sido emancipado de Araranguá, pela Assembleia Legislativa, em 30 de dezembro de 1953. O primeiro prefeito eleito de Sombrio foi Santelmo Borba, então filiado ao PSD, que derrotou nas urnas José Tiscoski, então filiado a UDN. A diferença entre os dois foi de apenas seis votos. Na eleição seguinte, em 1958, José Tiscoski venceu o pleito municipal, se tornando o segundo prefeito eleito de Sombrio. Antes dos dois, o tenente da Polícia Militar, Amintas Melo, e Francisco Lummertz Júnior haviam sido prefeitos provisórios, cada um ocupando o comando da prefeitura por apenas alguns meses.
Deputado estadual Tiago Zilli (MDB) assume hoje a coordenação da Bancada Regional Sul, na Assembleia Legislativa. Além de Tiago, que é de Turvo, compõe o grupo os deputados José Milton Scheffer (PP), de Sombrio; Júlio Garcia (PSD) e Jessé Lopes (PL), de Criciúma; Pepê Collaço (PP), de Tubarão; Rodrigo Minotto (PDT), de Forquilhinha; e Volnei Weber (MDB), de São Ludgero. Em linhas gerais, a Bancada do Sul trabalha pelas demandas comuns da região junto à Assembleia Legislativa. Os demais 33 deputados estaduais de Santa Catarina compõem outras bancadas, que contemplam respectivamente as regiões Norte, Oeste, Serrana e também da Grande Florianópolis. Ainda no dia de hoje, Tiago pretende fazer uma reunião com todos os deputados da região Sul, para elencar as principais demandas que serão objeto das reinvindicações conjuntas dos parlamentares sulistas.