Lula bate recorde de rejeição

 

 

 

 

 

Pesquisa Genial/Quaest, com foco na avaliação da gestão do presidente Lula da Silva (PT), como já era de se esperar, não foi nenhum pouco alentadora para o Palácio do Planalto. Em relação a última pesquisa, realizada há três meses, Lula teve sua rejeição junto a opinião pública aumentada de 56% para 57%, e sua aprovação diminuída de 41% para 40%. Os números mostram que 1.5 milhão de brasileiros deixaram de apoiar o presidente, para se tornarem seus críticos ao longo do último trimestre.

A pesquisa foi realizada entre os dias 29 de maio e 1º de junho, por meio de entrevistas presenciais com 2.004 pessoas em todo o país, apresentando uma margem de erro de dois pontos percentuais e um nível de confiança de 95%.

A mesma pesquisa apontou que 70% dos brasileiros afirmam que Lula não cumpriu com suas promessas de campanha e apenas 25% acreditam que suas promessas foram cumpridas.

A maior base de apoio do presidente continua concentrada na região Nordeste, onde sua aprovação está na casa dos 54%. Já a maior reprovação está no Sudeste, onde 64% rejeitam a gestão Lula, seguido do Sul, com 62% de reprovação.

Dentre os apoiadores do presidente, os maiores índices são encontrados junto as pessoas que recebem o Bolsa Família, ou entre as que ganham até dois salários mínimos. Já os que ganham acima de dois salários mínimos o rejeitam mais do que o apoiam. Pela primeira vez, os percentuais também mostraram que os católicos passaram a rejeitar mais o presidente do que a aceitá-lo, na proporção de 53% para 45%. Já entre os evangélicos, de cada três, dois o rejeitam.

O pano de fundo de toda esta situação vivida pelo presidente Lula da Silva é, sem dúvidas, sua política econômica. Notadamente, em que pesem os conselhos do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Lula não parece nenhum pouco preocupado em cortar gastos para que sobre dinheiro para investimentos. Sem investimentos não há como ter apoio popular, já que tal expediente é o que joga para cima o humor das lideranças políticas, que, por sua vez, formam opinião favorável ou contrária a qualquer governante, seja em nível local, estadual ou nacional.

Paralelo a isto, o Brasil voltou a conviver com o fantasma da inflação, que está alicerçada juntamente nos produtos da cesta básica. Isto significa dizer em que toda casa de nosso país há alguém praguejando contra Lula.

Dificilmente o presidente Lula da Silva vai mudar seu plano de voo frente ao Governo Federal. Para a eleição do ano que vem, a exemplo de 2022, ele deverá apostar suas fichas no apoio das grandes corporações de comunicação, assim como em setores do judiciário para se manter no poder. Se já deu certo uma vez, quem duvida que possa dar de novo.

FINAIS

Depois de quase dois anos de pressão de sua base, o Progressistas catarinense deverá promover uma convenção estadual para eleger seu novo diretório e executiva. Em princípio, tudo está encaminhado para que o deputado estadual José Milton Scheffer assuma a presidência do partido, que atualmente é ocupada pelo também sombriense Leodegar da Cunha Tiscoski. O novo cargo é uma grande conquista para Zé Milton, que pretende disputar uma cadeira na Câmara Federal ano que vem. A sinalização do senador Esperidião Amin em favor do deputado também é um indicativo que ele não deverá lançar alguém de sua família como candidato a deputado federal em 2026. Todavia, o próprio Amin poderá disputar a Câmara Federal, caso não consiga espaço em uma majoritária para viabilizar sua reeleição ao Senado.

Por falar em Esperidião Amin, o senador progressista voltou a se posicionar favorável ao voto auditável, defendendo a implementação de mecanismos de verificação do voto eletrônico, como a impressão do voto, para aumentar a confiança nas eleições no Brasil. Ele citou recomendações da Polícia Federal e exemplos de outros países que utilizam sistemas similares. Amin também afirmou que não é contra as urnas eletrônicas, mas sim a favor de melhorias no sistema de auditoria eleitoral. O assunto, no entanto, estranhamente é tratado como um tabu pela justiça eleitoral, que prefere suportar os constantes ataques ao sistema de votação do país do que tomar uma providência tão simples, como a impressão de um papelucho a ser depositado em uma segunda urna.

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Foto de Rolando Christian Coelho
Rolando Christian Coelho

Jornalista | Política